Antes de aumentar o próprio salário de R$ 21 mil para R$ 35 mil, a prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes (Patriota), terá de resolver a greve dos professores, que pedem reajuste já acordado de 10,39%. A proposta de aumento salarial para 2023 foi enviada à Câmara, e depois retirada do sistema para ajustes.
Porém, o aumento pode estar em vista, já que o projeto enviado dia 7 de outubro foi retirado para “readequação”. Entre as justificativas para aumentar ainda mais o salário da prefeita, está o fato dele não ser reajustado há 10 anos.
Atualmente, cai na conta da prefeita Adriane Lopes o valor de R$ 21.263,62 e, caso o projeto venha a ser votado ainda este ano, Adriane Lopes passa a receber R$ 35.462,22, a partir de 1º de janeiro de 2023.
O valor corresponde a 29,25 salários mínimos, atualmente de R$ 1.212.
O presidente da Câmara, vereador Carlos Augusto Borges (PSB), disse que tudo indica que esse projeto só deve ser enviado quando a chefe do Executivo resolver a questão salarial dos professores.
“A Câmara tem o subsídio de aumentar o da prefeita. Porém, enquanto ela não resolver isso aí [greve dos professores], acredito que não poderá mexer no salário dela”, disse o presidente da Casa.
Efeito cascata
Com aprovação do projeto, como consequência, aumentam-se os salários de outros cargos como do vice-prefeito, e secretários municipais.
O vereador Carlão está com cargo vacante de vice-prefeito. O aumento seria de R$ 15.947,03 para R$ 31.915,80. E os secretários que recebem R$ 11.619,70 teriam o total de R$ 30.142,70 na folha de pagamento.