Os pais da bebê Alice Reis Conte, de 17 dias, conseguiram a transferência da pequena para um hospital no Distrito Federal, neste sábado (10), em Campo Grande. Os hospitais locais não tinham condições de tratar a doença dela, que nasceu com órgãos expostos. 

Alice, diz a mãe, Grazieli Aparecida Reis, 30 anos, nasceu na Santa Casa, já diagnosticada com a síndrome rara, que causa exposição da bexiga e expulsão de outros órgãos para fora do corpo. 

As condições de saúde da menina já eram frágeis e, segundo informado à família, a alternativa era transferência para unidade de saúde em outro estado, especializado em urologia infantil. 

Sendo assim, a família acionou a Justiça, que determinou que o Governo do MS promovesse e custeasse a viagem, em até 12 horas, mas a decisão não foi cumprida. 
A Secretaria de Saúde alegou dificuldades burocráticas para fazer a transferência, tentada na primeira vez para Curitiba (PR). 

O Governo então acionou a Justiça e pediu que a bebê fosse levada ao Hospital Universitário de Campo Grande, onde haveria condições técnicas de atender a criança. Mas a família rebateu e disse que não iria resolver. 

Segundo a Onça, na tarde deste sábado saiu a notícia que a paciente será levada para o Hospital das Clínicas de Brasília. 

'' Nossa luta é para essa transferência, a que vai resolver o caso dela'', detalhou Grazieli ao TopMídiaNews. 

Risco 

Na quinta-feira, a mãe da bebê desabafou sobre a demora na transferência da filha, que já estava em risco por não ter o tratamento adequado. 

''A bexiga dela, que nasceu pra fora, está cada dia mais machucada por conta dos curativos e o hospital não sabe mais como agir'', desabafou Grazieli. 
''Tá saindo pedaços de sangue do estômago dela'', lamentou novamente a mãe há dois dias.