Vítima de atropelamento, Lucas Henrique Souza Mateus permanece internado em estado grave na Santa Casa de Campo Grande, e recebe a todo momento mensagens de amigos e parentes em uma rede social, que pedem pela melhora do jovem. Câmeras de segurança registraram o momento em que o estudante de medicina Rodrigo Santos Augusto, 24 anos, atropelou Mateus na Avenida Ceará, cruzamento com a Euclides da Cunha, na região central de Campo Grande, na madrugada deste sábado (25).
Com o impacto, a vítima foi arremessada a cerca de 10 metros do local de colisão. Ele teve um TCE (Traumatismo Craniano Encefálico), fratura no tórax e na perna direita, um edema no cérebro e deve passar por cirurgia, permanecendo até então na ala vermelha do hospital.
Lucas Mateus trabalha em uma lanchonete que leva seu nome no Jardim Panamá, e é bastante conhecido no bairro.
O caso
Lucas atravessava a rua com um grupo de amigos quando foi atingido por um veículo HB20, conduzido pelo estudante Rodrigo Augusto. Segundo o delegado que investiga o caso, Hoffman D'Ávila Cândido e Souza, o sinal estava verde para o motorista, mas a vítima estava na faixa de pedestres, quase ao final da rua, o que não ameniza a situação.
De acordo com o delegado da Depac (Delegacia de Pronto Atendimento Comunitário) Centro, Rodrigo foi autuado por lesão corporal culposa com agravante de embriaguez. “Na hora de pegar o carro, ele assumiu o risco de provocar um acidente por causa do estado de embriaguez”, explica.
O estudante de medicina aguardou a chegada do socorro no local e não tem ficha criminal, porém o delegado não arbitrou fiança por causa da gravidade da vítima e pelo estado de embriaguez do motorista.
Conforme Hoffman, o estudante estava com 0,85 ml de álcool por litro de sangue, quando os casos administrativos são de até 0,3 ml/l. Também estava cambaleante e com olhos vermelhos na hora da autuação.
Como a família do rapaz é de Mato Grosso, apenas advogados compareceram à delegacia. Rodrigo deve ficar preso até segunda-feira (25), quando passará por audiência de custódia e um juiz decidirá se ele pode responder em liberdade.