O escrivão da Polícia Civil, Rafael Grandini Salles, 36 anos, teve a prisão preventiva decretada pela Justiça em audiência de custódia nesta segunda-feira (25), em Campo Grande. A casa onde ele fica, em Ponta Porã, foi alvo de buscas da operação Omertà e a polícia atribui a ele uma porção de cocaína.
Rafael foi preso em flagrante na sexta-feira (23), em uma residência em Terenos, onde fica com a família quando não está de plantão em Ponta Porã. Membros da Omertà foram até a casa dele na fronteira porque ele dividia a moradia com outros dois policiais presos por suspeita de participação em milícia armada e grupo de extermínio, chefiados por Jamil Name e Jamil Name Filho.
Durante audiência de custódia, Salles negou ser dono da cocaína e que pressentia que a casa seria alvo de buscas. Destacou, portanto, que se tivesse algo errado ele teria desaparecido com as provas. Além da cocaína, havia 37 munições estrangeiras. Ele atribuí o material criminoso aos colegas Vladmilson Daniel Olmedo e Frederico Maldonado, encarcerados no Presídio Federal de Mossoró (RN).
Porém, a juiza Elizabeth Rosa Baich seguiu a orientação do Ministério Público Estadual e converteu a prisão em flagrante em preventiva.