Em julho deste ano completam dois anos do desaparecimento do menino Kauan de Andrade, dado como morto aos nove anos. A situação da mãe do garoto, Janete dos Santos, 37 anos, continua um drama, já que mesmo após tanto tempo do filho ter sido assassinado, ela ainda não teve direito a documento nenhum, nem mesmo um atestado de óbito.
Kauan teria sido estuprado e assassinado em 2017 pelo professor Deivid de Almeida Lopes, 40 anos, que além de matar, também teria esquartejado o garoto. Os restos mortais do menino nunca foram encontrados. O acusado de matar já foi julgado e recebeu uma sentença de 66 anos e 2 meses de prisão em regime fechado.
Mesmo com o alívio de ver Deivid atrás das grades, Janete alega que a dor que o assassino deixou em seu coração é eterna e ela ainda sonha em um dia conseguir fazer um enterro digno para o filho.
(Janete ainda tem esperança de conseguir enterrar o filho. Foto: André de Abreu)
"Cada dia é um novo sofrimento. A situação da família é difícil, não encontramos o corpo do meu menino. Gostaria pelo menos fazer um enterro, pois essa situação me deixa angustiada diariamente", lamenta a mãe.
Janete também disse que chegou a ficar frente a frente com o assassino antes dele ser julgado e perguntou o motivo dele ter feito tamanha brutalidade com seu filho, mas ele, como sempre, negou tudo.
(Assassino foi condenado a mais de 60 anos. Foto: Reprodução/ Facebook)
“Sem me olhar nos olhos, ele continuou negando ter matado o Kauan, foi quando falei que ele não era um ser humano e sim um monstro em forma de gente’’, lembrou.
Caso
O menino Kauan desapareceu no dia 25 de junho de 2017 e foi visto pela última vez no Bairro Coophavilla II, onde Deivid morava. Conforme informações da polícia, o suspeito pagava para ter relações sexuais com crianças e adolescentes. Abusando da humildade das vítimas, ele estuprava menores extremamente pobres.
(Kauan foi estuprado e esquartejado. Foto: Arquivo pessoal)
Buscas
O Corpo de Bombeiros trabalhou vários dias para encontrar os restos mortais de Kauan, mas até hoje, quase dois anos após o crime, ainda nada foi localizado.
(Militares tentando encontrar o corpo do garoto. Foto: André de Abreu/ Arquivo)