A filha de Francielle Guimarães Alcântara, 36 anos, Erika Guimarães, utilizou as redes sociais para se despedir da mãe, assassinada no Portal Caiobá, em Campo Grande.
“Eu vou te amar para sempre tá mãezinha? Vou ser uma super mãe para o Havi também, tá? Confia em mim, dai de cima a senhora vai se orgulhar muito, vai com Deus, encontre a luz e descanse em paz. Ninguém mais vai te machucar porque papai tá te cuidando, um dia a gente se encontra tá, eu te amo demais”, publicou a jovem.
Francielle morreu após ficar quase um mês sendo torturada pelo marido, Adailton Freixeira da Silva, 46 anos. O corpo da vítima foi encontrado na última terça-feira (25).
O caso chocou não apenas os médicos legistas, mas também quem esteve investigando. A mulher foi encontrada com vários ferimentos pelo corpo, perfurações, pancadas na cabeça, ferimentos nas nádegas e tudo isso acontecia na frente dos seus filhos, de 1 ano e 8 meses e 17 anos.
O caso
A tortura teria começado no dia 1° de janeiro e, segundo informações apuradas pelo TopMídiaNews, o principal motivo é que o marido teria descoberto uma traição, justamente envolvendo o filho menor que seria fruto de um relacionamento extraconjugal.
Ainda de acordo com o apurado, ela teria confirmado essa 'traição', o que teria causado ira e revolta do marido, que a manteve em cárcere privado, dando assim início ao processo de tortura até a morte.
Devido ao sofrimento e fortes agressões que sofria, Francielle não resistiu e morreu no dia 25 de janeiro. Inicialmente, a morte foi relacionada a um estrangulamento por corda.
Segundo afirmação do delegado Camilo Kettenhuber, da 6° Delegacia de Polícia, para onde o caso foi designado, até médicos legistas ficaram assustados com tamanha brutalidade de Adailton.
"Nunca peguei algo tão impactante na vida profissional", disse Camilo para a reportagem.
No local do crime, o delegado explicou que encontrou um pedaço de madeira com marcas de sangue, entregue a um laboratório para ver se o sangue é compatível com o da vítima. No entanto, existe a suspeita de que vários instrumentos teriam sido utilizados na tortura, como um objeto que dava choque.
Adailton está foragido por enquanto, mas a polícia segue levantando informações, câmeras de segurança que podem ter registrado a fuga do torturador.
O caso, apesar de ter sido investigado pela 6° DP, foi encaminhado para a DEAM (Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher), por se tratar de um feminicídio.