A Associação Campo-Grandense dos Profissionais da Educação, a ACP, vai devolver a proposta de reajuste, enviada pela Prefeitura de Campo Grande. A entidade quer inserir no texto, a Lei do Piso Nacional dos Professores.
Conforme o presidente da ACP, Lucílio Nobre, disse ao TopMídiaNews, na noite desta sexta-feira (4), os professores estão de acordo com o índice de 67,13%, oferecido pelo Executivo, de forma escalonada, até 2024. No entanto, precisa que a proposta tenha maior segurança jurídica.
‘’Como se trata de adequação no piso, é desnecessário a prefeitura citar a Lei de Reponsabilidade Fiscal. Ele não está dando aumento, vantagem, ele está fazendo reposição do Piso Nacional’’, detalhou Nobre.
Outra questão, segue Lucílio, é que o texto da prefeitura não contemplava a correção anual do Piso Nacional, referentes a 2023 e 2024.
‘’Se não, você não chega em 2024 com 100% do piso nacional. Para que haja a integralização do piso, precisa fazer as correções do ano’’, observou o sindicalista.
A informação é que a ACP vai encaminhar o novo texto para a prefeitura, na próxima segunda-feira (7). O prazo dado pela entidade para resposta do Executivo é até quarta-feira (9).
Lucílio acredita que não haverá resistência por parte da prefeitura, já que o prefeito Marquinhos Trad já garantiu o reajuste de 67% para a categoria. Mesmo assim, pode haver paralisação de um dia nas atividades, a fim de pressionar a administração municipal.
‘’Se ele mostrar resistência, aí é quem vai estar rejeitando vai ser ele [Marquinhos] e não os professores’’, concluiu o sindicalista.
Reajuste
Na quarta-feira, a Prefeitura propôs reajuste de 67,13% aos professores municipais. No entanto, o aumento será escalonado, até 2024.
Ainda segundo a proposta, 10,06% será retroativo a fevereiro deste ano; 10,39% para novembro de 2022; 11,67% em maio de 2023; 11,67% em outubro/2023; 11,67% em maio/2024 e 11,67% em outubro/2024.