O menino de 2 anos e 5 meses internado por agressão vivia em situação de rua, com a mãe, a irmã e o padrasto. A família estava em uma casa invadida no Jardim Colibri, em Campo Grande.

Após colher o depoimento do casal, a polícia constatou que a família vivia em situação de rua invadindo locais para dormir. O último endereço é a residência onde a criança foi agredida. 

Apesar da situação da família, vizinhos não desconfiavam da situação, pois as crianças estavam sempre limpas e bem vestidas. A avó materna também não tinha conhecimento da situação dos netos.

O casal foi preso na manhã de hoje e devem permanecer presos pelos próximos 30 dias. Eles são acusados de tentativa de homicídio, podendo agravar caso a criança não resista.

De acordo com a delegada Nelly Macedo, as investigações iniciaram conturbadas devido o desencontro de informações.

A criança foi socorrida no meio da rua no dia 23 de janeiro, duas quadras para cima do imóvel onde foi agredida.

No hospital a mãe apresentou a versão da queda de uma escada, mas as marcas não condiziam com a versão apresentada.

"Foram diversas versões até não conseguirem mais mentir, a mãe tentou de todas as formas acobertar o padrasto", confirma a delegada.

O rapaz tentou negar em depoimento que estivesse presente no momento, mas imagens de câmera de segurança filmaram o casal deixando a casa com o menino já ferido.

"O menino teve um trauma na cabeça, no pulmão, figado, lesões que indicaram as agressões e não uma queda", explica.

Entre as narrativas para justificar os ferimentos eles disseram que a criança tinha caído da escada, depois mudaram a versão que o menino pudesse ter caído do muro, ao invadir a casa.

As investigações foram concluídas, mas a polícia aguarda o laudo pericial que deve sair em 10 dias.