Fabiano Garcia Sanches, de 38 anos, foi preso por equipes do Batalhão de Choque enquanto dirigia um caminhão na Avenida Ministro João Arinos na tarde desta sexta-feira (24), e de pronto, confessou que matou a corretora Amalha Cristina Mariano Garcia, de 43 anos, por ela não aceitar entrar em um esquema do "golpe do seguro". Ela foi morta a pauladas e pedradas na região do Porto Seco, em Campo Grande.
A questão passional, de momento, foi descartada devido ao depoimento prévio para a equipe policial. O suspeito é conhecido da vítima e a convidou para ir até a sua casa, explicando sobre a possibilidade de aplicar o golpe no seguro utilizando o veículo dela - o Jeep Renegade, porém, ela se negou e recusou participar da empreitada criminosa.
Insatisfeito com a recusa, ele desferiu uma pancada na cabeça de Amalha. A mulher desmaiou e sujou a casa de sangue e rapidamente, Fabiano a colocou no banco de trás da SUV. No ato, ele limpou a própria residência onde havia marcas de sangue e levou posteriormente a vítima desacordada para a região do Porto Seco, aos fundos do Jardim Los Angeles - foi indicado pela perícia que havia sangue no veículo.
Em sequência dos atos, o homem retirou a corretora do carro e passou a agredi-lá mais uma vez. Ainda com dúvidas, ele a colocou no porta-malas do veículo e foi para uma área mais isolada do Porto Seco, retirando a mulher e desferindo pauladas e pedradas contra ela, a deixando sem vida num matagal.
Segundo informado na coletiva pelo Batalhão de Choque, através do Tenente-Coronel Rocha, Fabiano se apossou do carro e ficou com ele por uns momentos e depois repassou para uma segunda pessoa, que com medo das ações policiais, abandonou o Jeep Renegade no Indubrasil.
Fabiano não disse se a ação teve outras pessoas envolvidas e se o esquema também contaria com outras pessoas. Ele já tem passagens por tráfico de drogas e teria cumprido pena no sistema penitenciário.
Outras pessoas
Durante as investigações, a equipe do TopMídiaNews descobriu que uma mulher foi detida e encaminhada para prestar esclarecimento na Deam (Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher).
Na casa onde o Batalhão de Choque, a Deam e a Polícia Científica estavam, na rua Socorro, no Jardim Centenário, outra mulher também foi levada no camburão da viatura, mas seu envolvimento não foi revelado.