Desenvolvida pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais), a vacina Calixcoca é finalista em uma premiação internacional, a Euro Inovação na Saúde, e agora, será testada em humanos por meio de uma parceria fechada com a Prefeitura de São Paulo nessa quinta-feira (1º).
Segundo o site Só Notícia Boa, o imunizante produz anticorpos anticocaína no organismo para tratar dependentes químicos, pondendo ser grande aliada na recuperação e reabilitação.
Para o projeto em São Paulo, a prefeitura vai apoiar a produção do imunizante, que se mostrou ser capaz de bloquear o efeito das substâncias ativas das drogas em testes com ratos, segundo o SNB.
O SNB conta que o pesquisador-chefe do projeto ressaltou que, nos testes realizados, os anticorpos produzidos pela Calixcoca criaram, a partir de uma molécula sintética, uma barreira que impediu que a cocaína fosse levada pelo sangue até o sistema nervoso central e o cérebro, interrompendo o mecanismo que provoca a compulsão pela droga.
Perspectivas
So site conta que na próxima etapa das pesquisas em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde, por meio da Coordenadoria de Vigilância em Saúde (Covisa), responsável pelo Programa Municipal de Imunizações (PMI), será avaliada, conforme o progresso dos estudos, a aplicação do imunizante em pequenos grupos.
A possibilidade é aplicar em dependentes químicos em fase de recuperação e, se bem-sucedida, poderá ser determinante para ajudar no tratamento de dependentes de crack e cocaína que, segundo dados da ONU (Organização das Nações Unidas), respondem por 11% da dependência química no Brasil.
“Será, entre outros avanços científicos, um movimento para recuperação psicossocial e reintegração de dependentes químicos à sociedade”, diz o secretário Luiz Carlos Zamarco.
Para o governo municipal, a produção da vacina chega em boa hora.
“O prefeito Ricardo Nunes determinou apoio irrestrito, tanto técnico como financeiro, para viabilizar e acelerar as próximas fases da vacina, que poderão custar, inicialmente, R$ 4 milhões”, disse Vitor Sampaio.
