Candidato a tirar Carteira Nacional de Habilitação para carros (categoria B) precisa desembolsar, em média, R$ 2,3 mil em Campo Grande. Isso, porque o valor ainda inclui aulas nos simuladores, de cerca de R$ 300, que só deverão deixar de ser obrigatórias em 17 de setembro deste ano.
O TopMídiaNews consultou cinco autoescolas na Capital e todas apontam a necessidade de pagar, em média, R$ 300 pelas aulas no simulador.
''Não mudou nada. Ainda é obrigatório'', explica Jairo Ricci, proprietário da Autoescola Mônaco. Na empresa, para tirar a categoria B, o aluno desembolsa R$ 2,1 mil por causa do simulador.
''...[quando não for mais obrigatório], vai cair uns trezentos reais desse valor, em tese'', estima Ricci.
Atualmente, o candidato é obrigado a fazer cinco horas de aula no simulador, com preço médio de R$ 67 a hora-aula no equipamento.
O TopMídiaNews apurou que algumas autoescolas acabam aceitando a negativa do candidato em usar o simulador, já que a obrigatoriedade deve cair em breve, e assim baratear o preço. Porém, todas as empresas consultadas afirmam que não alteram o valor para evitar problemas jurídicos, caso haja uma reviravolta e o equipamento volte a se tornar obrigatório.
Simulador ainda é obrigatório e encarece CNH. (Foto: Wesley Ortiz)
Um vendedor da Autoescola WindCar, que preferiu não se identificar, diz que a não obrigatoriedade de uso do simulador deixará o cenário positivo para as empresas. Por enquanto, tirar a CNH B custa R$ 2,5 mil por conta das aulas no equipamento.
''É um valor que a autoescola não fica com ele, vai para o Detran. Se acontecer isso, vai melhorar 90%. Mas o Detran pode recorrer, porque esse negócio envolve muito dinheiro'', afirmou a fonte.
Ainda segundo apurado, hoje são necessárias 25 horas-aula para tirar carteira de carro. 20 são aulas práticas na direção e cinco no simulador. Há ainda a opção do aluno fazer mais três aulas noturnas, que podem ser feitas no simulador.
Indefinição
Gerente do Centro Brasileiro de Condutores, em Campo Grande, destaca que a indefinição quanto a obrigatoriedade do equipamento fez muita gente desistir de tirar carteira neste momento.
''...com isso deu uma parada geral... afastou os candidatos, cerca de 30%. Tá todo mundo esperando, porque não se sabe o que vai acontecer'', lamenta a profissional.