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há 2 semanas

Paratleta campo-grandense é vice-campeã do Campeonato Mundial e sonha com Paralimpíadas

Ana Beatriz Magalhães Dias começou a praticar esporte em 2015

Aos 18 anos, a paratleta Ana Beatriz Magalhães Dias vem superando barreiras e conquistando vitórias no atletismo paralímpico. Ela é especializada no arremesso de peso e lançamento de discos. 

Ela tem se destacado nas principais competições internacionais, incluindo no Campeonato Mundial Escolar, realizado no Bahrein, de 21 a 29 de outubro, onde conquistou a medalha de prata. "O meu sonho era participar de competições importantes e representar o Brasil”, afirmou. 

A trajetória de Ana Beatriz no esporte começou em 2015, quando iniciou os treinamentos de atletismo adaptado. Desde o início, ela enfrentou desafios relacionados à sua saúde, que inclui deficiência intelectual, bipolaridade, arritmia cardíaca e outros distúrbios, como SODI (falta de sódio no sangue), F70 (retardo mental leve) e F80 (Transtorno específico da articulação da fala).

Apesar disso, o amor pelo esporte sempre foi mais forte. “O esporte adaptado foi uma forma de superação para mim. Eu sabia que poderia conquistar meu espaço e representar o Brasil”, conta.

Durante os seus primeiros anos de treino, a paratleta passou por várias competições, começando pelos jogos regionais. Foi aí que ela se destacou nas provas de campo, especialmente no arremesso de peso.

Embora tenha começado com outras modalidades, como corrida e salto em distância, foi no arremesso de peso que ela encontrou o seu verdadeiro talento. “Sempre tive mais força nos braços do que nas pernas, por isso me especializei no arremesso de peso. Foi ali que me destaquei mais”, explica.

Arquivo pessoal

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Planos para o futuro

Com o título de vice-campeã mundial, Ana Beatriz se tornou uma das maiores promessas do atletismo paralímpico brasileiro. Tanto que agora ela integra a Seleção Brasileira jovem. Com esse novo status, a atleta sonha com a possibilidade de morar e treinar em São Paulo.

Apesar do sucesso, a paratleta enfrenta dificuldades financeiras. Ela não tem patrocinadores e paga do próprio bolso os custos com o treinamento, suplementos e outras despesas. Embora receba a bolsa atleta, ela reconhece que o valor não é suficiente para cobrir todos os custos necessários para o seu desenvolvimento. "Estou em busca de patrocínios, pois eles são essenciais para que eu consiga continuar minha trajetória no esporte e alcançar novos resultados", disse.

Ana Beatriz treina com Daniel Sena, treinador e fundador do projeto Sprint Socia, criado em 2005 e ajuda mais de 150 jovens a desenvolverem suas habilidades esportivas, especialmente aqueles com deficiência.

Com o sonho de participar das Paralimpíadas de 2028, em Los Angeles, Ana Beatriz segue treinando e se preparando. "Minha meta é representar o Brasil nas Paralimpíadas e inspirar outras pessoas a superarem seus próprios limites", finaliza.

Arquivo pessoal

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