Em pleno feriado e chuva, um grupo de jovens decidiu se reunir para mostrar o lado solidário do ser humano neste ano de 2018. Sete jovens se organizaram para promover o 'Mini-ensaio solidário em prol da Aldeia Água Bonita' na tarde do dia 11 de outubro, véspera do Dia das Crianças.
A turma escolheu o Horto Florestal para fotografar quem estivesse disposto a doar um ou mais brinquedos para atender cerca 240 crianças da aldeia, localizada no Bairro Tarsila do Amaral, zona norte de Campo Grande. Em troca, o doador receberia via e-mail, um mini-ensaio com direito à 5 fotos clicadas por fotógrafos profissionais.
Horto Florestal foi o cenário escolhido para o mini-ensaio solidário (Foto: André de Abreu)
"A gente tem de ajudar! Nós queríamos doar, mas não temos condições de fazermos sozinhos então oferecemos nosso serviço, que é fotografar, e contamos com a solidariedade do próximo." contou Isadora Echeverria, uma das organizadoras do evento e fotógrafa profissional há três anos.
A fotógrafa Isadora faz fotos desde os 15 anos e viu na profissão a oportunidade de eternizar diversos momentos e utilizar para algo bom (Foto: André de Abreu)
"Muita gente veio entregar somente pelo simples ato de contribuir e preferiu não fazer o ensaio fotográfico, outros entregaram as doações embrulhadas em papel de presente. Prova que a galera quer mesmo ajudar." disse Isadora.
Teve quem preferiu trazer sacolas de doações, tudo para ajudar o próximo (Foto: André de Abreu)
O grupo estima que cerca de 50 pessoas participaram durante dois dias de ensaio. O primeiro ocorreu no domingo anterior, 7 de outubro, também no Horto Florestal. Isadora ainda prometeu que o próximo evento será maior e melhor divulgado para que ainda mais pessoas sejam atendidas. Graças à iniciativa dessa turma, o Dia das Crianças foi muito melhor para a garotada da Aldeia Água Bonita.
Nem a chuva que caiu sobre a Capital na tarde do dia 12 desanimou os voluntários (Foto: André de Abreu)
Aldeia Água Bonita
A aldeia foi criada em 14 de maio de 2001 no Bairro Tarsila do Amaral, zona norte da Capital. Na época foram entregues 60 unidades habitacionais para mais de 190 famílias que vivem ali. A promessa do governo estadual era entregar o dobro de casas. Como isso não aconteceu, há quatro anos, os demais moradores decidiram por ocupar também outros 11 hectares que seriam destinados para as moradias que não foram entregues.