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02/08/2023 08:00

Mochila com sensor é desenvolvida por alunos de escola pública e vai beneficiar cegos

O trabalho é realizado no Espírito Santo e também vai ajudar pessoas com baixa audição

Uma mochila com sensor para cegos e pessoas com baixa audição vem sendo desenvolvida por alunos de escola pública do Espírito Santo. O projeto é de baixo custo e vai representar o Brasil em um evento no México.

Segundo o Só Notícia Boa, o projeto foi realizado por dois grupos de estudantes da Escola Estadual de Tempo Integral Lyra Ribeiros, no bairro Kubitschek, Guarapari. A "Madorna", nome dado ao amplificador auditivo, capta o som ambiente e amplifica para fones de ouvido.

Já a mochila, detecta obstáculos em até 180°, emitindo um apito que alerta o usuário. Sob a supervisão de Lúcia Helena Horta Oliveira, professora de Física da escola, os alunos ficaram em 4° e 5° lugares em uma premiação nacional, conta o SNB.

A iniciativa começou com uma provocação da professora. “O trabalho do professor é orientar. A gente joga uma pergunta. Eles vão fazer uma pergunta e, a partir dessa pergunta, eles vão descobrir três hipóteses para resolver o problema que seria da comunidade”, explicou Lúcia ao Só Notícia Boa.

Como os estudantes convivem com amigos na escola que têm deficiências visuais e auditivas, resolveram criar algo para melhorar a qualidade de vida de pessoas muito próximas, segundo o site.

Ambos os dispositivos foram produzidos com materiais reciclados, como restos de sucata e canos, o que garante a eles um custo por menos de R$ 200. O Madorna surgiu da mistura dos nomes “martelo” e bigorna”, ossos do ouvido, conforme explica o SNB.

Lorena de Oliveira, estudante que ajudou no projeto do amplificador, explicou que o som que sai do aparelho tem um som limpo e sem ruídos, não incomodando o usuário.

A mochila, chamada de Vision Assistant Model (modelo assistente de visão), segue a mesma linha e poderá ser usada para pessoas com baixa visão que necessitam de bengala ou cão-guia. “Por não ter acessibilidade, eles acabam ficando em casa e isso impede de irem para a escola e para o trabalho”, explicou Júlia Aragão, participante do projeto.

Júlia ainda lembra que outras tecnologias parecidas disponíveis no mercado custam entre R$ 14 mil e R$ 16 mil. “A gente pretende abrir uma startup para disponibilizar esse aparelho e ajudar muitas pessoas”, disse ao site.

Os alunos da escola pública Lyra Ribeiros, não perderam tempo e já testaram a mochila para cegos e o amplificador auditivo. 

Eduardo Jesus Medeiros Gomes, de 17 anos, tem baixa visão desde os 5 anos e foi a inspiração principal dos colegas na hora de desenvolver o protótipo. “Ele é bom para pessoas que têm deficiência visual ou que usam bengala”, disse depois de usar o produto, conta o SNB.

O Só Notícia Boa conta que a inovação foi levada para a feira Movimento Internacional para o Recreio Científico e Técnico (Milset), realizada em junho, em Fortaleza. Ao todo, mais de 200 escolas participaram do torneio.

O bom desempenho no nordeste trouxe aos estudantes a possibilidade de participarem de uma outra exposição, agora internacional. Eles estão buscando apoio financeiro para exporem a inovação no México, em outubro, conclui o SNB.

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