A orientadora Sílvia Regina de Oliveira, 50 anos, reuniu amigos e familiares, neste domingo (8), para transformar dor em luto. Em uma ação solidária para crianças carentes, ela distribuiu mais de 100 brinquedos, cachorros-quentes, bolos e refrigerantes em memória do filho, Luan de Oliveira Araújo, morto há um ano no local.
Luan, que tinha 22 anos, foi assassinado durante uma roda de amigos em outubro do ano passado, vítima de um disparo errado que tinha como alvo outra pessoa. Apaixonado em ajudar as pessoas, ele sempre participava de ações solidárias, relembra Sílvia.
Inspirada no amor do filho por ações sociais, ela conta que decidiu transformar a dor em solidariedade e começou a planejar o evento deste domingo. A ação ocorreu no bairro onde Luan faleceu.
"Ele sempre fazia ações. Quando entregava algo, via um brilho diferente nos olhos das crianças e comentava comigo. Quando ele faleceu, fiquei pensando nisso e resolvi fazer a ação em memória dele", contou Sílvia.
A iniciativa reuniu amigos, familiares e colegas de trabalho que, por meio de uma corrente solidária, contribuíram com doações para viabilizar o evento. "Fiz um grupo no WhatsApp pedindo ajuda, e um amigo chamou outro. Cada um doou algo, e conseguimos mais de 100 brinquedos", explicou.
Além da entrega de presentes, o evento incluiu uma oração com as crianças. Segundo Sílvia, a ação também tem como objetivo levar mensagens de amor ao próximo e positividade.
"Além da entrega de presentes, fizemos uma oração com as crianças. Fazer essa ação foi emocionante no bom sentido, deixamos uma mensagem de paz, de amor ao próximo, levamos uma palavra de positividade. Foi um momento muito lindo, bem diferente, meu coração está aquecido", afirmou emocionada.
A ação marcou o início de um projeto maior. Sílvia revelou planos para realizar novas iniciativas em datas como Páscoa, Dia das Crianças e Natal, ampliando o alcance da solidariedade. "O que importa é o momento. Queremos atender ainda mais crianças e manter esse desejo vivo", disse.
Sílvia também destacou o impacto da violência entre jovens, que motivou ainda mais a iniciativa. "Muitos jovens estão perdendo a vida pela violência e pelas drogas. Meu filho era muito querido e apaixonado por ajudar pessoas. Quero que essa ação seja um incentivo para outras mães em luto, criando uma corrente do bem", concluiu.