Luana Dionísio da Cruz, de 29 anos, e sua irmã caçula, Débora Dionísio da Cruz, de 27, eram independentes e viviam a vida de garotas normais até que, em 2021, em meio à pandemia da Covid-19, foram alcançadas pelo vírus de forma devastadora.
A vida das irmãs, que moram em Jardim, a 226 km de Campo Grande, mudou completamente devido às sequelas da Covid-19. Elas passaram a depender da mãe, Marta Dionísio, de 50 anos, que teve que parar de trabalhar.
Luana foi a primeira a ser atingida pela Covid-19. Segundo a mãe, a jovem desenvolveu a Síndrome de Guillain-Barré, uma doença rara que afeta o sistema nervoso e que, em seu caso, resultou em perda significativa da mobilidade.
A jovem também foi diagnosticada com fibromialgia, uma condição que causa dores intensas nos músculos e articulações, além de sofrer complicações cardíacas.
Débora também foi diagnosticada com fibromialgia e ainda enfrenta problemas cardíacos, como arritmias. Além disso, as irmãs tiveram que utilizar cadeiras de rodas por um período.
No entanto, Luana teve dificuldades em aceitar o quadro médico que estava enfrentando, tentava ficar em pé e acabava caindo. Além disso, tentou contra a própria vida, mas resistiu, e hoje, junto da irmã, já consegue caminhar com o auxílio de andadores.
"A Débora é mais independente. A Luana não aceita o que aconteceu", disse Marta, que é mãe solo.
O tratamento de ambas é longo e, sobretudo, caro. O Sistema Único de Saúde (SUS) não cobre todos os exames e procedimentos necessários para o acompanhamento das condições das meninas.
Exames de alto custo, como a videoendoscopia — que permite a visualização interna de órgãos e estruturas do corpo —, chegam a R$ 1.200, valor que está fora da realidade da família.
Além disso, os deslocamentos até Campo Grande, onde são realizados alguns dos tratamentos especializados, geram custos adicionais com transporte e alimentação, o que se torna insustentável para Marta.
Sem apoio financeiro e com uma renda que depende de doações — inclusive a casa em que a família mora é cedida pelos irmãos da mãe —, Marta recorreu a uma vaquinha online para tentar garantir os cuidados médicos das filhas.
"Eu não tenho o que oferecer para as meninas, mas estou lutando com todas as minhas forças para garantir que elas recebam o tratamento que precisam", desabafou Marta.
A vaquinha online busca arrecadar o valor de R$ 5.500. "A vaquinha tem sido uma luz no fim do túnel, e a esperança de que, com ajuda, conseguiremos continuar a batalha", finalizou. Para contribuir, basta clicar aqui.
A reportagem entrou em contato com a Secretaria de Estado de Saúde (SES) e aguarda o retorno.