Um bebê que veio de Deodápolis, a 250 quilômetros de Campo Grande, e está prestes a completar dois anos de vida em setembro, permanece, desde seus primeiros dias de nascido, internado na Santa Casa da Capital. As razões pelas quais a criança - que veio de um abrigo de Deodápolis - foi institucionalizada, no entanto, permanecem desconhecidas até hoje.
Inicialmente trazido para a Cidade Morena por causa de uma cardiopatia congênita, o pequeno também tem paralisia cerebral e, atualmente, não anda, não fala, é traquestomizado, somente se alimenta por sonda, além de outras condições e, depende totalmente do cuidado de outras pessoas.
Como a Justiça decidiu recentemente que ele pode ser adotado, é importante que o pequeno seja recebido em um lar que, além de acoilhê-lo de acordo com suas condições físicas, também esteja apto a dar todo o cuidado do qual ele precisará para o resto da vida, bem como, possa recebê-lo com todo amor, carinho e zelo.
Segundo a supervisora do Serviço de Assistência Social da Santa Casa, Emily Moraes, quem o adotar, entretanto, deve receber orientações sobre os cuidados.
"O processo de adoção dele é todo por Deodápolis [...], mas tenho certeza de que no decorrer desse processo, se a pessoa for apta a ser o adotante, provavelmente vai ter esse treinamento, sim. Ele [o bebê] pode aguardar aqui, para adoção, mas nesse processo, ele pode votlar para o abrigo, desde que o abrigo faça as adaptações necessárias para recebê-lo."
Atualmente o caso do bebê é estável, para receber alta e aguardar no abrigo e, assim, ser inserido no contexto familiar. Entretanto, para que ele possa deixar as instalações da Santa Casa, há algo que ainda é necessário.
"Hoje ele precisa do Trilogy, um aparelho de suporte à vida e respiração, e alimentação por dieta, via enteral, e acredito que o SUS (SIstema Único de Saúde) disponibilize todas essas dietas, mas o mais difícil é o Trilogy, mesmo, porque depende de um processo pelo município de origem para conseguir esse aparelho que não é muito barato."
Ela salienta, ainda, que é necessário ter alguém que saiba manusear o aparelho, administrar a dieta e, é claro, dar, ao menino, muito amor.