A história de luta e fé da família de Julianny de Araújo Pereira da Silva, carinhosamente conhecida como Juju, de 18 anos, emociona e inspira. Após sofrer um acidente neurológico em agosto de 2019, Juju segue um processo lento, mas contínuo, de recuperação, com apoio de tratamentos de fisioterapia e fonoaudiologia.
Segundo a mãe, Léia Pereira, a esperança se renova a cada pequena vitória. "Ela está evoluindo devagarinho, um dia de cada vez, mas está bem. Já interage e reage bem aos estímulos durante as sessões de fisioterapia", relata Léia, que acompanha cada passo da recuperação com determinação.
Apesar do avanço no tratamento, a rotina da família é marcada por desafios. Um dos maiores obstáculos é a falta de fornecimento regular de fraldas e alimentação especial pela rede pública de saúde, no CEM (Centro de Especialidades Médicas). "Infelizmente, estamos à mercê da boa vontade dos órgãos públicos. A questão das fraldas é uma luta antiga", desabafa Léia.
Juju depende de cuidados constantes e especiais, o que exige uma grande dedicação dos pais. "São dias difíceis. Não é fácil ver um filho acamado, totalmente dependente, mas nos agarramos à fé para superar tudo isso. Creio que, no tempo de Deus, a Juju voltará a andar e a falar", emociona-se a mãe.
Além das necessidades diárias, Léia sonha em transformar a trajetória de Juju em livro e proporcionar mais conforto à filha. "Um dia, gostaria de falar mais sobre tudo o que vivemos. [...] Tenho o desejo muito grande de conseguir uma cama mais adequada para a Juju. Isso traria muito mais qualidade de vida para ela", compartilha.
Quem puder contribuir com a doação de fraldas, alimentação especial ou com apoio financeiro para as necessidades básicas, pode entrar em contato pelo telefone (67) 98141-3974.
Procurada pela reportagem, a Sesau (Secretaria Municipal de Saúde) informou que "não há falta de dieta para este paciente" no momento, mas admitiu atraso na entrega de fraldas.
"As fraldas serão normalizadas no ato da entrega do fornecedor, que está em atraso com o cronograma, porém, a Secretaria já está tomando as medidas legais para cobrar a empresa", justifica.
