O estudante sul-mato-grossense Davi Santos, de 15 anos, foi aprovado em uma seletiva de vôlei e garantiu vaga para treinar no Minas Tênis Clube. O problema agora é a falta de dinheiro para os custos da viagem e do alojamento. É por isso que o atleta tem usado a mesma determinação apresentada nas quadras para vender rifas em bares e doces nos semáforos de Campo Grande.
Davi conta ter sido convidado a jogar vôlei por outros colegas da escola Professor Nagib Raslan quando tinha 12 anos. O motivo era a altura. Hoje ele tem 1,95 m. “Joguei bem, mas o time não ganhou”, lembra sobre a participação no primeiro campeonato.
A vitória pode até não ter vindo após esse jogo, porém, um sentimento de certeza passou a fazer parte da vida de Davi. Ele já tinha praticado outros esportes como natação, boxe, judô e até então essa sensação ainda não tinha vindo. “Em nenhum desses eu tinha me enquadrado. Depois do vôlei pensei: isso que eu quero para minha vida”.
Os treinos na escola não eram mais suficientes então ele procurou a “Escolinha do Pezão” , onde conseguiu ganhar uma oportunidade de treinar sem ter de pagar por isso. “Fiz aquela bolsa valer a pena e no 2º ano treinando fui fazer uma seletiva no Minas Tênis Clube e passei”.
Parecia que a partida tinha chegado ao fim com o anúncio da aprovação e as notícias de todo o apoio que o clube oferece para os atletas. Mas o jogo ainda não estava definido. Hoje falta verba para a decisão final se Davi deixa ou não Mato Grosso do Sul para treinar em Minas Gerais.
O orçamento do atleta é de R$ 10 mil. Deste total, ele já conseguiu pouco mais de R$ 3 mil só com a venda de rifas nos bares e de doces nos semáforos da Capital. A expectativa dele é chegar lá antes de setembro quando deve participar de outro campeonato. “Vida de atleta não é fácil”, diz ele sem apresentar nenhum desânimo. “Vou continuar trabalhando e batalhando porque quero realizar esse sonho”, finaliza.
Quem quiser ajudar o estudante pode entrar em contato com a reportagem do TopMídiaNews pelo número (67) 99826-0686.