Aurélio Belo, de 48 anos, um pai atípico, é apaixonado pela família e principalmente por Maria Valentina, de 8 anos, e 8 meses, que é portadora da Síndrome Cornélia de Lange. Nas palavras dele, ser pai, é uma emoção enorme, um senso de responsabilidade e é um amor que começa brotar.
A síndrome foi constatada ainda durante a gestação e Aurélio sempre buscou diariamente em se dedicar para salvar a vida de Maria Valentina. Ainda durante a gravidez, os médicos disseram não ter vida para ela e sugeriram que fosse interrompida, mas, em nenhum momento, Aurélio desistiu.
A síndrome é uma doença genética rara que atinge vários órgãos e sistemas e caracteriza-se por alterações físicas, cognitivas e comportamentais com diferentes graus de atingimento.
Para Aurélio, ser um pai atípico é poder sentir e dar amor em dobro a filha, além da mudança de sentimento.
"Ser um pai atípico, eu acho que ele vem para coroar o desejo de um pai que tem um amor gigantesco. O ser pai de um filho ou uma filha especial, provoca em nós uma mudança de sentimentos enorme", conta Aurélio.
Joelma Belo, de 44 anos, esposa de Aurélio, rasga elogios e faz questão de sempre destacar o grande homem e super pai que o marido é.
"Aurélio é um super pai, super marido, super amigo, é o melhor homem que poderia aparecer na minha vida para ser pai da Maria Valentina, acima de tudo", ressalta a esposa.
Joelma fala sobre o abandono de famílias com crianças especiais, que muitos pais vão embora ao saber da condição do filho ou filha, e ressalta o amor do marido pela filha e pelo apoio que sempre recebeu de Aurélio durante a gestação e após o nascimento de Maria Valentina.
"Na maternidade e paternidade atípica poucos pais permanecem com a família, muitos vão embora ao descobrirem sobre a condição do filho. O meu marido é um grande companheiro, um grande pai, presente em todos os momentos e quando soubemos da condição da Maria Valentina, ficamos um ao lado do outro, lutando por ela", finaliza Joelma.