O senador Pedro Chaves, do PSC de Mato Grosso do Sul, assinou e foi líder do requerimento para tentar reverter o arquivamento do pedido de cassação do mandato do senador Aécio Neves, do PSDB. Chaves é vice-presidente do Conselho de Ética do Senado. O pedido de cassação por quebra de decoro de Aécio foi arquivado pelo presidente do colegiado, senador João Alberto Souza, do PMDB-MA, de forma monocrática (somente de um senador).
O parlamentar explica ao TopMídiaNews a necessidade de abrir a investigação. "As suspeitas que pairam sobre o senador Aécio Neves, que inclusive embasaram decisão do Supremo Tribunal Federal no sentido de afastá-lo do mandato, são extremamente graves e merecem, no mínimo, ser investigadas”.
Ele reiterou que o presidente João Alberto Souza, cometeu “um ato autoritário e equivocado, porque ele sequer consultou os demais membros do Conselho de Ética sobre sua decisão de arquivar o pedido do STF”.
Por fim, Chave diz que quer que o processo seja reaberto para que todos os membros do Conselho possam examinar o processo. “Não se trata de condenar previamente o senador Aécio, que terá todo o direito de defesa. O que proponho, e a sociedade brasileira exige, é uma investigação criteriosa da denúncia”, argumentou.
Análise do caso
Para que o processo de investigação seja reaberto era necessário ter cinco assinaturas, a mídia nacional confirmou que o documento já obteve a quantidade de assinaturas feita pelos senadores Lasier Martins (PSD-RS), José Pimentel (PT-CE), João Capiberibe (PSB-AP), Antonio Carlos Valadares (PSB-SE) e Pedro Chaves (PSC-MS). Além disso, contou com apoio das senadoras Regina Sousa (PT-PI), Ângela Portela (PDT-RR) e Vanessa Grazziotin (PC do B-AM), que são suplentes no Conselho de Ética.
Foto: Reprodução / G1.
Logo que o recurso for protocolado, caberá novamente a João Alberto convocar uma reunião para que os titulares do colegiado analisem a possibilidade de desarquivar o pedido de cassação de Aécio Neves. Caso a maioria decida pela representação contra o senador, a matéria será debatido pelo colegiado.
O pedido de cassação contra Aécio Neves foi feita pelos partidos Rede e PSOL, por quebra de decoro, após divulgação das delações da JBS se tornarem públicas no mês passada.