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Política

18/06/2016 11:30

Vídeo: Marun defende produtores rurais e culpa Dilma por morte de indígenas em MS

O deputado federal, Carlos Marun, do PMDB, atribuiu à presidente afastada Dilma Rousseff, do PT, a morte de dois indígenas, ocorridas durante o conflito movidos pela disputa de terras em Mato Grosso do Sul, na semana passada. A declaração foi registrada em vídeo e ocorreu na última quinta-feira (15), durante a sessão planária no Congresso Nacional.

Para Marun, em uma portaria editada no dia 12 de maio, às vésperas do seu afastamento, Dilma teria assassinado a resolução transformando 50 mil hectares de terras de produtores rurais em terras indígenas. "Ela é a verdadeira assassina destes indígenas. No dia 12 de maio, quando o governo não mais existia [...] de forma inconsequente, vil e criminosa, editou portaria que está na minha mão, transformando 50 mil hectares, de terras do Mato Grosso do Sul, terra produtiva em terra pretensamente indígena", disparou.

E continuou: "é verdade, ela não usou pistola para assassinar esses índios, ela usou essa portaria que aqui está, 12 de maio. Qualquer governo, com um mínimo de razoabilidade, decência, não teria jamais tomado uma atitude dessas, quando já tinha limpado as gavetas e todos sabiam que estavam sendo enxotado do poder".

Marun ainda afirmou que a portaria foi criada, justamente para atrapalhar a administração do atual presidente interino da República, Michel Temer. "Me refiro a esse grave crime, cometido por esse desgoverno [incompreensível] baseado na vontade de criar problemas para o governo que assumia. Ontem perderam a vida entre um conflito entre fazendeiros e índios no Mato Grosso do Sul, dois indígenas e eu acuso e afirmo que esses indígenas foram assassinados pela presidente Dilma. Ela é a verdadeira assassina deste indígenas".

Durante o seu discurso, ainda afirmou que a portaria tem que ser revogada saiu em defesa dos produtores rurais. "[...] Presidente Dilma, a senhora assassinou esses indígenas e a munição, a arma utilizada é essa portaria, que tem que ser imediatamente revogada. Esta é a verdade. Doa a quem doer. A responsabilidade de um governo à beira da deposição traz hoje um sofrimento e a desordem a um Estado que só quer produzir, que só quer avançar. Indigna a atitude deste desgoverno, tire às suas garras das terras de quem quiser produzir. Fora Dilma, Fora Dilma, Fora Dilma, Fora Petrilha, Fora Petrilha, abaixo desgoverno, xó PT"!!!!

O parlamentar sul-mato-grossense ainda afirmou na tribuna da Câmara Federal que o ex-ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República e presidente do Conselho Nacional do Serviço Social da Indústria (Sesi), Gilberto Carvalho estaria  incentivando indígenas, brasileiros e paraguaios a ocuparem essas terras para causar a confusão a discórdia e a morte no Estado.

O conflito 

A área na região de Caarapó/MS, município distante a cerca de 280 quilômetros de Campo Grande, ainda é tensa. Ontem (17), foi instaurado pela Delegacia da Polícia Federal em Dourados  um inquérito policial para apurar os fatos ocorridos entre os dias 12 e 15 de junho deste ano, decorrentes do conflito agrário que ocasionou morte e diversos feridos, entre índios e não índios. A investigação apura desde as agressões, roubo, danos ao patrimônio público e cárcere privado de equipe de Policiais Militares que inicialmente atendeu ocorrência.

A assessoria de comunicação informou que a PF está atuante, iniciou os trabalhos com o envio policial na realização de diligências no local dos fatos, bem como nas tratativas para liberação das pessoas mantidas como reféns e recuperação de armamentos pertencentes a Polícia Militar, que foram subtraídos durante o conflito.

As funções de polícia judiciária da União, exercida pela Polícia Federal, neste primeiro momento, é a preservação da ordem pública, garantia da integridade física das pessoas e término das agressões, para que haja segurança e tranquilidade na realização dos trabalhos periciais naquele local de conflito.

Veja o discurso na íntegra

Me refiro a esse grave crime, cometido por esse desgoverno [incompreensível] baseado na vontade de criar problemas para o governo que assumia. Ontem perderam a vida entre um conflito entre fazendeiros e índios no Mato Grosso do Sul, dois indígenas e eu acuso e afirmo que esses indígenas foram assassinados pela presidente Dilma. Ela é a verdadeira assassina destes indígenas.

No dia 12 de maio, quando o governo não mais existia, de vocês [se referindo a deputados petistas] não mais existia, ela de forma inconsequente, vil e criminosa, editou portaria que está na minha mão, transformando 50 mil hectares, de terras do Mato Grosso do Sul, terra produtiva em terra pretensamente indígena.

E hoje, o seu Gilberto Carvalho, esta lá incentivando indígenas, brasileiros e paraguaios a ocuparem essas terras para causar a confusão, a discórdia e a morte, no meu querido Mato Grosso do Sul. É verdade, ela não usou pistola para assassinar esses índios ela usou essa portaria que aqui está, 12 de maio. Qualquer governo, com um mínimo de razoabilidade, decência, não teria jamais tomado uma atitude dessas, quando já tinha limpado as gavetas e todos sabiam que estavam sendo enxotado do poder.

Pois vocês fizeram, presidente Dilma, a senhora assassinou esses indígenas e a munição, a arma utilizada é essa portaria, que tem que ser imediatamente revogada. Esta é a verdade. Doa a quem doer. A responsabilidade de um governo à beira da deposição traz hoje um sofrimento e a desordem a um Estado que só quer produzir, que só quer avançar.

Indigna a atitude deste desgoverno, tire às suas garras, das terras de quem quiser produzir. Fora Dilma, Fora Dilma, Fora Dilma, Fora Petrilha, Fora Petrilha, abaixo desgoverno, xó PT!!!! 


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