A Fundação de Cultura do Estado de Mato Grosso do Sul apresenta na quinta-feira (10), às 20 horas, no Teatro Aracy Balabanian do Centro Cultural José Octávio Guizzo o espetáculo de dança Dialeto Manoelês, da Cia. Blanche Torres. O show – que recebeu patrocínio do Fundo de Investimentos Culturais - integra a programação do projeto CenaSom. A classificação é livre e a entrada franca.
“Dialeto Manoelês” é um espetáculo de dança que utiliza recursos de multimídia e que teve como fonte de inspiração a poética de Manoel de Barros, sobretudo uma frase: “Minha poesia humaniza as coisas e coisifica os homens”. O espetáculo já foi apresentado em vários municípios de Mato Grosso do Sul com sucesso total de público. A caravana é composta por cinco bailarinos: Lorena Hernández, Társila Bonelli, Maria Helena, João Rocha e Flávio Calixto, além do produtor João Paulo Vadora, iluminador Jorge Nilson e da coreógrafa, diretora e produtora Blanche Torres que dirige a Companhia de dança desde 2006.
“Mergulhamos no universo da poesia, da infância, das imagens absurdas e lindas. Pesquisamos os sons, o silêncio e o ‘dialeto dos corpos’ presentes na poética de Manoel de Barros. É um espetáculo para crianças ou para os adultos que não deixaram de ser crianças. Os que cresceram demais não gostam. É uma brincança, não um espetáculo de dança contemporânea. Nosso espetáculo não é para entender, mas para incorporar, assim como a poesia do nosso poeta”, explica Blanche Torres, diretora do grupo.
A bailarina Maria Helena disse que a preparação física e artística para o ‘Dialeto’ se baseou na teoria do movimento do bailarino e pesquisador Rudolf Laban, na qual são trabalhadas diversas qualidades de movimento em várias posições e velocidades. “A criação das coreografias foi toda baseada nos resultados dos exercícios das aulas da Banche e das oficinas que participamos com a bailarina Maria Elvira Machado e o bailarino e com o professor Hugo Leonardo, da Universidade Federal da Bahia”.
Segundo o bailarino Flávio Calixto, o espetáculo Dialeto Manôeles define-se como ‘metamorfose’; homem vira coisa; vira ‘pedra’; coisa vira homem, um mundo de transformação, como as libélulas são insetos aquáticos durante a idade prematura, apresentando-se como voadores na idade adulta. “Um mundo de brincadeiras de crianças e transformações”, disse o bailarino.
Para o intérprete Rocha, o Dialeto Manoelês é sem dúvidas um dos principais espetáculos de dança do Mato Grosso do Sul. “Temos uma rotina corrida durante a semana com aulas, preparação e ensaios ao longo de dois anos. Esse trabalho está sendo reconhecido nacionalmente como o prêmio Klaus Vianna da Funarte. É de grande importância que circulemos em nosso Estado, para a valorização dos artistas sul-mato-grossenses”.
Após a apresentação no CenaSom a companhia viaja para o Mato Grosso, onde se apresentará em Rondonópolis, Jaciara, na Chapada dos Guimarães e em Cuiabá. Na sequência os artistas seguem com uma temporada no Tocantins.
Serviço: Os ingressos para o show são gratuitos, com limite de 300 lugares e podem ser retirados com uma hora de antecedência do inicio do show. O Centro Cultural José Octávio Guizzo fica localizado na Rua 26 de Agosto, 453, entre as ruas Calógeras e a 14 de Julho.